O Parlamento Europeu (PE) votou nesta quinta-feira (17) favoravelmente à proposta da Comissão Europeia de criar um mecanismo para distribuir mais 120 mil refugiados entre os Estados-Membros. Colocada de forma extraordinária na agenda parlamentar, a votação da recolocação das pessoas que estão na Itália, Grécia e Hungria foi aprovada por uma ampla maioria dos deputados. A proposta foi aprovada com 372 votos a favor, 124 contra e 53 abstenções.
A Comissão Europeia agradeceu ao Parlamento Europeu pela proatividade, ao usar um procedimento de emergência para garantir uma votação, uma semana depois dessa proposta ter sido feita na sessão plenária de Estrasburgo.
“O caminho está agora aberto para o conselho adotar a nossa proposta. Instamos os Estados-Membros a tomar as decisões necessárias no Conselho Extraordinário de Ministros da Justiça e do Interior no dia 22 de setembro”, informa um comunicado do governo de Bruxelas.
Caso o conselho adote a decisão na terça-feira, a comissão europeia destacou a disposição em continuar trabalhando com os países da União Europeia e com as agências para reintegrar os refugiados imediatamente e reduzir a pressão nos países que os têm recebido.
Na quarta (16), o Parlamento Europeu decidiu prolongar até hoje a minissessão plenária de Bruxelas para votar a proposta de distribuição de mais 120 mil refugiados, para tentar acelerar a decisão. O presidente da assembleia, Martin Schulz, solicitou ao plenário votar esta manhã a proposta apresentada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Na segunda-feira (13), os 28 foram incapazes de chegar a acordo sobre o plano de reintegrar mais 120 mil refugiados, adiando uma decisão para uma futura reunião – convocada para 20 de setembro –, tendo apenas aprovado formalmente uma anterior proposta para recolocar 40 mil requerentes de asilo, sobre a qual já havia acordo político.
Portugal deverá receber 1,5 mil refugiados de acordo com o primeiro plano de distribuição de 40 mil refugiados, tendo também respondido favoravelmente à mais recente proposta da comissão, que atribuiu a Portugal mais cerca de 3 mil refugiados, disse na segunda-feira em Bruxelas a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues.
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