A companhia aérea asiática Malaysia Airlines está à beira da falência e deve demitir seis mil dos seus 20 mil funcionários para formar uma nova empresa em setembro, anunciou nesta segunda-feira (1) o novo CEO da empresa, Christoph Mueller. O executivo assumiu o cargo em maio, após a companhia aérea enfrentar dois acidentes no ano passado que provocaram a morte de mais de 530 pessoas. O primeiro ocorreu em março de 2014, quando o voo MH370 desapareceu no Oceano Índico com 239 pessoas. Quatro meses depois, o voo MH17 foi abatido por um míssil enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia.
A demissão em massa era uma medida amplamente esperada pelo mercado. O plano de restruturação da Malaysia prevê a entrega da carta de demissão para todos os funcionários, mas a companhia ofereceu uma proposta de recolocação a 14 mil deles. No entanto, nem todos os cargos correspondem às funções e salários anteriores. De acordo com Mueller, devido a esta condição, alguns empregados devem rejeitar a oferta. “O declínio da nossa performance começou bem antes dos trágicos eventos de 2014”, confessou o executivo, ressaltando que os custos operativos cresceram cerca de 20%.
Como parte da reestruturação, a companhia já reduziu sua frota e vendeu participações em outras empresas. Também houve uma diminuição das rotas transcontinentais. Segundo Mueller, o objetivo da Malaysia é “estancar a hemorragia” este ano para voltar a crescer em 2017 e 2018.
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