Estão fechadas as urnas do referendo sobre austeridade convocado pelo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras. Logo após o encerramento da votação, diversas emissoras locais divulgaram pesquisas mostrando o “não” em ligeira vantagem sobre o “sim”.
Os placares das sondagens, que não são bocas de urna, variam de 51% a 37% (“Ant1”) a 49% a 46% (“Star”). As enquetes feitas pelos canais “Mega” (51,5% a 48,5%) e “Skai” (52% a 48%) também dão vantagem para o “não”. Na sede do partido de extrema-esquerda Syriza, o mesmo de Tsipras, foi possível ouvir gritos de comemoração pelo resultado das pesquisas.
As primeiras projeções devem aparecer por volta das 21h (15h em Brasília). Para que a consulta popular seja válida, é preciso ter a participação de pelo menos 40% do corpo eleitoral. “Hoje é um dia de festa, a democracia é uma festa. Porque se pode ignorar a decisão de um governo, mas não a decisão de um povo”, afirmou o premier durante a manhã, pouco depois de depositar seu voto na urna.
Cerca de 9,8 milhões de gregos foram convocados a dizer se o governo deve aceitar ou não as exigências de seus credores para ter acesso a um pacote de resgate de mais de 7 bilhões de euros.
Entre outras coisas, esse dinheiro seria usado para pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) – uma das partes envolvidas nas tratativas – que venceu na última terça-feira (30), colocando o país em situação de default.
No entanto, as conversas foram interrompidas após Tsipras convocar o referendo deste domingo. Para liberar os recursos, o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu – a ex-Troika – cobram um amplo plano de reformas, incluindo aumento de impostos e revisão de aposentadorias. Já o primeiro-ministro pede uma reestruturação da dívida do país, considerada “impagável” por ele.
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