A polícia austríaca encontrou mais de 70 corpos de imigrantes dentro de um caminhão em uma rodovia do país. As autoridades suspeitam que traficantes estavam tentando transportar os estrangeiros para dentro de algum país da Europa, mas abandonaram o veículo no meio do caminho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quando achou o veículo, nesta quinta-feira (27), a polícia achava que havia entre 20 e 30 corpos dentro. Contudo, em uma avaliação mais detalhada feita nesta sexta (28), constatou-se que a tragédia era maior, e mais de 70 corpos foram encontrados dentro do compartimento de carga do caminhão. As nacionalidades das pessoas ainda não são conhecidas. Autoridades se reuniram para discutir o fato em Viena, a poucos quilômetros dali.
O tom dos governantes que participaram da reunião foi de acusação mútua, já que cada país está estabelecendo suas próprias regras e convicções acerca da entrada de imigrantes. A Grécia, por exemplo, oficializou que permitirá que os imigrantes sigam viagem pelo país. A Hungria, em contrapartida, começou a mandar tropas para sua fronteira e a construir um muro para impedir os estrangeiros de entrar no país.
Mais de 300 mil imigrantes atravessaram o Mediterrâneo este ano
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), mais de 300 mil imigrantes atravessaram o Mar Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.500 pessoas morreram no mar quando tentavam alcançar a Europa.
“O número de refugiados e migrantes que atravessaram o Mediterrâneo este ano já ultrapassou 300 mil, cerca de 200 mil chegaram à Grécia e 110 mil à Itália”, diz o comunicado. Em 2014, 219.000 imigrantes fizeram o trajeto pelo Mediterrâneo, disse a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming. Entre os 2.500 imigrantes que morreram não estão incluídos os desaparecidos ao longo da costa da Líbia, na quinta-feira (27), no naufrágio de uma embarcação que transportava 200 pessoas.
Pelo menos 76 pessoas morreram e 198 foram resgatadas naquele naufrágio próximo à cidade de Zouara, a cerca de 160 quilômetros a oeste da capital da Líbia, Tripoli, disse hoje um porta-voz da organização Crescente Vermelho. Segundo o Acnur, no ano passado, cerca de 3.500 imigrantes e refugiados morreram ou foram dados como desaparecidos no Mediterrâneo.
*Com Agência Brasil
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