A explosão de uma bomba de fabricação caseira na noite deste sábado (17), no bairro Chelsea, em Nova York, que deixou 29 pessoas feridas, foi considerada pelo prefeito da cidade, Bill de Blasio, um ato “intencional”, “criminoso”, mas ainda sem conexão com terrorismo internacional.
Em pronunciamento feito por volta de 13h20 (horário de Brasília) deste domingo, De Blasio anunciou que não há ainda pistas sobre os autores da explosão e que nenhum grupo terrorista revindicou a autoria do ataque, portanto o incidente não pode ser associado ainda a terroristas internacionais.
O prefeito pediu aos cidadãos de Nova York que colaborem informando à polícia quaisquer detalhes que possam ser associados ao ataque e anunciou que o policiamento será ampliado nas ruas e nos sistemas de transporte urbano. “Vamos manter a cidade funcionando normalmente mas vocês vão ver muito mais policiais na rua e peço que tomem cuidado”, disse De Blasio.
A bomba que explodiu estava próxima de uma lixeira localizada na Rua 23, entre a Avenida das Américas e a Sétima Avenida, uma região ocupada por bares e com grande tráfego de pessoas. Uma segunda bomba, intacta, foi encontrada pela polícia a quatro blocos do local da explosão e foi enviada para os laboratórios do FBI, em Quantico.
O comissário de polícia de Nova York, James P. O’Neill, declarou que a polícia já recolheu vídeos que mostram o momento da explosão e que também está coletando registros de câmeras de segurança da região para observar o movimento de pessoas e veículos antes e depois da explosão.
“Seja qual for a causa, os nova-iorquinos não vão ser intimidados”, disse De Blasio. Dos 29 feridos, 24 tiveram que ser levados a hospitais próximos para atendimento, mas nenhum com ferimentos graves ou risco de morte e, segundo o prefeito, todos já foram liberados.
Em Washington, a Casa Branca liberou um comunicado informando que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está acompanhando a investigação em Nova York. “O presidente está sendo atualizado à medida que surgem novas informações”, diz o comunicado.
O candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi informado sobre a explosão quando fazia campanha em Colorado Springs, no Colorado. A candidata democrata, Hillary Clinton, ficou sabendo do episódio após ter feito um discurso no jantar de premiação anual da Fundação Congressional Black Caucus, em Washington.
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