Presidente chinês reúne-se nesta sexta com Obama em Washington

O presidente estadunidense Barack Obama e o chefe de Estado chinês Xi Jinping -Foto: Reprodução/ publico.pt
O presidente estadunidense Barack Obama e o chefe de Estado chinês Xi Jinping -Foto: Reprodução/ publico.pt

Os presidentes da China e dos Estados Unidos reúnem-se nesta sexta (25) em Washington para negociações que podem enfrentar obstáculos, já que Xi Jinping mostrou pouca margem para ceder em questões como pirataria virtual e disputas no mar do Sul da China. O chefe de Estado chinês chegou na quinta-feira(24) à capital dos Estados Unidos após dois dias em Seattle, onde transmitiu uma mensagem de que as boas relações econômicas e comerciais estão no centro da relação bilateral e que o governo de Barack Obama deve respeitar as diferentes opiniões da China em questões políticas.

À noite, Jinping jantou com Obama na Casa Branca, e na manhã desta sexta haverá uma cerimônia formal de boas-vindas, seguida de um jantar oficial. De acordo com analistas, com ambas as partes sob pressão interna para demonstrar dureza, não é esperado nada de muito concreto do encontro. Eles ainda sugerem que os dois dirigentes poderão alcançar um acordo de “não ser o primeiro a usar” ataques virtuais a infraestruturas importantes.

O presidente chinês já afastou as preocupações norte-americanas relativas à sua expansão no mar do Sul da China e, quanto à suposta espionagem industrial e ao roubo cibernético comercial chineses, Jinping admitiu a ocorrência e designou-os como “um crime” que afeta os dois lados. Os EUA ameaçaram adotar sanções punitivas contra altos responsáveis chineses, insinuando que houve tolerância governamental aos piratas virtuais.

Contudo, Jinping propôs a criação de uma comissão de “alto nível” sobre o problema e disse que se trata de um caso de polícia, sugerindo que considera a ameaça de sanções injustificada. Noutro assunto sinalizado pela Casa Branca, uma nova lei de segurança chinesa que ameaça organizações não governamentais estrangeiras a operar no país, o chefe de Estado chinês garantiu que as ONGs terão um lugar no país “enquanto as suas atividades forem benéficas para o povo chinês”, e acrescentou que elas “têm de obedecer à lei chinesa e desenvolver as suas atividades nos limites da lei”.

Por parte do país asiático, Xi Jinping pediu aos Estados Unidos rapidez no controle às exportações para a China ou para empresas chinesas de uma série de tecnologias civis “sensíveis”. O chefe de Estado referiu-se igualmente ao pedido chinês para que os EUA expulsem ou extraditem fugitivos chineses acusados de corrupção, que o governo afirma estarem escondidos nos Estados Unidos.


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