O presidente uruguaio, José Mujica, se retratou pelas declarações em que classificou o México como “um Estado fracassado” ao comentar o desaparecimento de 43 estudantes, o que causou um desconforto com o governo asteca.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (24) no México, Mujica disse que o país não será afetado pela violência na região e que não é um Estado falido, por “ter um cimento histórico” e “capital político em suas decisões democráticas”.
O presidente ainda expressou sua “solidariedade com o México, seu sistema político e seu governo, em meio à tragédia” do desaparecimento dos estudantes no dia 26 de setembro.
“Solidarizamo-nos com o México, mas, além disso, nos comprometemos com sua luta e estamos à disposição de seu governo legítimo para apoiá-lo em tudo o que possa facilitar a enfrentar este momento difícil”, disse o presidente uruguaio.
No domingo (23), o Ministério das Relações Exteriores do México expressou sua “surpresa e rejeição categórica” após Mujica declarar, em entrevista à revista Foreign Affairs America Latina, que o país é “uma espécie de Estado falido”, onde “os poderes públicos foram completamente devorados”.
Desta forma, a chancelaria mexicana convocou o embaixador uruguaio no país, Jorge Delgado, para explicações. Em nota, o organismo reiterou a importância dos vínculos “históricos de amizade com o povo e governo do Uruguai”.
Franco e conhecido por suas declarações polêmicas, Mujica já chegou a causar outros episódios de tensão diplomátics, como quando criticou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido, Néstor Kirchner, dizendo que “a velha é pior que o vesgo”.
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