O primeiro ministro da Grécia, Alexis Tsipras, decidiu que vai resolver a delicada situação econômica do país por meio de um referendo sobre o acordo proposto pelos credores internacionais. “O povo vai decidir, sem chantagens. O referendo será realizado no dia 5 de julho”, afirmou Tsipras.
O anúncio do referendo foi feito algumas horas antes da reunião do Eurogrupo, conjunto de ministros de Finanças dos países da zona do euro, em Bruxelas, e que tem como objetivo precavir um eventual calote da Grécia ao Fundo Monetário Internacional. Este encontro será o quarto na mesma semana e quinto no período dos últimos dez dias. O próximo dia 30 é a data limite para Atenas pagar 1,6 bilhão de euros ao FMI.
De acordo com fontes dimplomáticas, se o acordo for sacramentado, e se o Parlamento grego aprovar as medidas que são necessárias para pagar a dívida, será desbloqueado 1,8 bilhão de euros para o país. O valor refere-se ao lucro obtido pelo Banco Central Europeu com a especulação da dívida pública grega e será um pouco mais que o necessário para a Grécia quitar seu déficit com o Fundo Monetário Internacional.
A proposta dos credores ainda prevê mais um financiamento até novembro, mês até o qual deverá ser estendido o atual programa de resgate aos gregos. . No total, poderão ir para os cofres gregos 15,5 bilhões de euros nos próximos cinco meses, para dar conta das obrigações financeiras com o FMI e com o BCE, mas a liberação desse recursos está condicionada à execução das medidas eventualmente acordadas.
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