Os processos por crimes contra o meio ambiente na China aumentaram 8,5 vezes em 2014, mostrando a “guerra à poluição” anunciada pelo governo chinês. A informação foi dada pelo presidente do Supremo Tribunal do país, Zhou Qiang.
No total, os tribunais chineses instauraram cerca de 16 mil processos relacionados com crimes ambientais, informa o relatório anual apresentado por Qiang à Assembleia Nacional Popular.
A poluição, que deixa frequentemente cinza o céu de Pequim e de outras grandes cidades chineses, tornou-se nos últimos anos um dos principais pontos de insatisfação popular, ao lado da corrupção e das crescentes desigualdades sociais. Mais da metade dos rios e lagos do país estão poluídos.
Outro relatório, apresentado à Assembleia Nacional Popular pelo procurador-geral da China, Cao Jianming, indica que cerca de 25 mil pessoas foram acusadas, no ano passado, de crimes contra o meio ambiente. Aproximadamente 1.200 funcionários de órgãos governamentais encarregados da preservação ambiental foram acusados de corrupção.
Em 2014, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que o governo ia declarar guerra à poluição. “Lutaremos contra a corrupção com a mesma determinação com que combatemos a pobreza”.
No relatório apresentado na semana passada à Assembleia Nacional Popular, Li Keqiang reconheceu que a poluição ambiental afeta a qualidade de vida do povo. “Revolucionar a produção e o consumo de energia é vital para o desenvolvimento de qualquer país e para o bem-estar de seu povo”, acrescentou.
A reunião anual da Assembleia Nacional Popular chinesa vai até domingo (15) no Grande Palácio do Povo, em Pequim, com a presença de 3 mil deputados.
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