Dois irmãos de apelido El Bakraoui, que já tinham ficha na polícia, mas não por terrorismo, foram identificados entre os supostos homens-bomba dos atentados de terça-feira (22) no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, informou a emissora pública RTBF. O terceiro suspeito dos atentados no aeroporto, e o único que continua vivo, foi identificado como Najim Laachraui, homem ligado aos ataques de Paris, segundo o jornal belga La Dernière Heure. O atentado matou mais de 30 pessoas e deixou centenas de feridos.
Dentre os dois que morreram, Khalid tinha alugado, com identidade falsa, a casa na Rue du Dries, no bairro de Forest. No local, no último dia 15, ocorreu um tiroteio em que um dos suspeitos morreu e dois fugiram, incluindo Salah Abdeslam, envolvido nos atentados de Paris e posteriormente detido.
Khalid e Ibrahim El Bakraui, ambos de Bruxelas, estavam nos registros da polícia por atos de vandalismo, mas não por crimes ligados a terrorismo, acrescentou a RTBF.
Duas explosões foram registradas no aeroporto de Zaventem, com um intervalo de vários segundos, na área de venda de bilhetes das empresas Brussels Airlines e American Airlines. Quatorze pessoas morreram e 100 ficaram feridas. Na estação do metrô de Maalbeek, a 200 metros da sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão provocou a morte de pelo menos 20 pessoas e ferimentos em cerca de 100.
Os serviços secretos e a polícia da Bélgica “procuram ativamente” o suspeito, de 25 anos, que aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades, gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que mostram os três supostos terroristas.
Laachraui, ainda vivo, usava um gorro escuro e empurrava um carrinho de bagagem, onde teria um saco de viagem com explosivos. Esses artefatos não chegaram a explodir, ao contrário do que ocorreu com a bagagem dos outros dois homens, segundo os meios de comunicação locais.
O DNA de Laacharaui foi encontrado em “material explosivo usado nos atentados” de Paris em novembro de 2015, disse ainda ao jornal belga uma fonte próxima da investigação francesa. O suspeito deixou a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado, após os atentados de Paris.
Durante controle policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, ele foi identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Salah Abdeslam, ligado aos atentados de Paris e capturado na sexta-feira passada (18) em Bruxelas. Os dois estavam com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos morto pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas.
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