No último sábado (24), o diretor Quentin Tarantino se uniu a outras centenas de manifestantes em Nova York e protestou contra a brutalidade policial nos Estados Unidos. A manifestação vem à tona em um momento delicado no país, onde focos de violência, não só policial, surgem no país em meio a disputadas prévias eleitorais. No decorrer deste ano, cidades como Baltimore, em Maryland, e McKinney, no Texas, presenciaram atos de extrema violência da polícia, a última, inclusive, contra uma adolescente de 14 anos durante uma festa na piscina. As informações são do site Entertainment Weeckly.
“Sou um ser humano com consciência”, disse Tarantino, que se deslocou da Califórnia até a cidade no Norte do país só para o protesto. “Se você acredita que existem assassinatos acontecendo, você precisa se levantar e protestar contra isso. Estou aqui para dizer que estou do lado dos assassinados”.
O grupo se reuniu no Washington Square Park antes de marchar por aproximadamente três quilômetros, passando pela tradicional 6ª Avenida, onde alguns manifestantes contavam suas histórias de violência com microfones e outros carregavam fotos de vítimas da polícia, desde um bebê de 11 anos, até uma senhora de 92 anos morta em uma ação por engano das autoridades. Este foi o último de três protestos organizados em Nova York na última semana pelo grupo RiseUpOctober.
“Se estivessem se ocupando, esses policiais assassinos estariam na prisão, ou, pelo menos, sendo acusados na Justiça”, argumentou Tarantino. O protesto também ocorre em meio a uma grande discussão nos Estados Unidos sobre a real necessidade do porte de armas. O presidente Barack Obama já se pronunciou sobre a medida, e disse que pretende restringir mais o acesso às armas, mas sabe que isso não é uma tarefa fácil devido aos princípios constitucionais do país e à própria cultura estadunidense.
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