Referendo na Irlanda deve aprovar o casamento gay

Foto: Reprodução
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A Irlanda será o primeiro país do mundo a aprovar o casamento gay por referendo. O início da contagem dos votos neste sábado (23) aponta para uma vitória confortável do sim ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro-ministro irlandês, o democrata-cristão Enda Kenny, destacou a liderança do país ao deixar a decisão para o eleitor sobre a aprovação ou rejeição da mudança na lei.

Os políticos acham que o voto dos jovens contribuiu para a vitória da proposta do governo de Dublin, uma coligação entre conservadores e trabalhistas. Houve aumento na participação dos eleitores, que poderá aproximar-se dos 60%, índice acima dos registrados em votações anteriores.

Para Enda Kenny, esta é uma prova de que o eleitorado irlandês, de pouco mais de 3 milhões de pessoas, levou a sério a campanha. “Acredito que do ponto de vista dos jovens, ficou demonstrado o valor atribuído a esta questão e a importância que deram à política”, disse o primeiro-ministro.

O ministro da Igualdade Aodhan O’Riordhain afirmou em sua conta no Twitter que “as principais urnas já foram abertas. O sim ganhou. Inclusive com ampla vitória em Dublin. Estou orgulhoso de ser irlandês hoje”, disse.

Se confirmada a vitória do sim, o casamento entre homossexuais será reconhecido pelo Artigo 41 da Constituição, que lhe concederá proteção constitucional e o equiparará ao casamento convencional. O resultado do referendo deverá ser anunciado nas próximas horas.

Os partidários do sim gritaram vitória, enquanto um dos principais líderes da campanha pelo não admitiam a derrota. “É histórico, somos o primeiro país do mundo a votar pela igualdade no casamento no quadro de um referendo”, destacou a ministra da Saúde, Leo Varadkar.

“Esta é uma vitória para o lado do sim ao casamento gay, admitiu o diretor do Instituto Iona, um dos organismos que defendem a influente comunidade católica. Até hoje, 18 países, 13 europeus, incluindo Portugal, legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas todos o fizeram por via parlamentar.


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