“Os brasileiros são muito bem-vindos na Espanha”. A frase do rei Juan Carlos I, dita à presidenta Dilma Rousseff em encontro realizado nesta segunda-feira, dia 4, no Palácio do Itamaraty, mostra que as relações entre o Brasil e a Espanha tendem a melhorar nos próximos meses.
Nos últimos anos, diversos turistas brasileiros encontraram dificuldades em entrar na Espanha, sendo barrados e mandados de volta ao País em muitas ocasiões. No encontro realizado em Brasília, Juan Carlos declarou que essas “questões serão resolvidas”.
O discurso do rei foi feito durante almoço oferecido pela presidente Dilma Rousseff na capital brasileira. Também nesta segunda-feira, representantes do Ministério das Relações Exteriores da Espanha se encontrarão com Luiza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior, onde debaterão medidas que visem melhorar a entrada de turistas e imigrantes de ambos os países.
Após as dificuldades encontradas por cidadãos brasileiros para entrar no país europeu, o governo brasileiro adotou medidas de reciprocidade aos espanhóis. Com o encontro entre os governantes, a situação parece caminhar para um entendimento mútuo, como explicou a presidenta Dilma no início desta tarde.
“Segue fortalecido o espírito de entendimento e a admiração mútua que aproximou brasileiros e espanhóis e que levou nossos concidadãos a buscar novas oportunidades nos dois lados do Atlântico. Por isso, atribuo importância ao fato de que estejamos avançando no encaminhamento de soluções reais para os nossos problemas, por exemplo, para os problemas enfrentados por viajantes brasileiros na Espanha”, declarou.
Com a reciprocidade, colocada em vigor desde o último dia 2 de abril, espanhóis que desejarem entrar em território brasileiro precisam apresentar passaporte, passagem de ida e volta, reserva de hotel ou carta-convite de hospedagem em residência, além de comprovar que possui condições financeiras para se manter durante sua estadia no país.
De acordo com informações do Itamaraty, 1.419 brasileiros forram barrados na Espanha em 2011. Até abril de 2012, o número chegava a 299.
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