República do Congo está livre do vírus ebola, segundo a OMS

Foto: C. Black/ WHO
Foto: C. Black/ WHO

A República Democrática do Congo erradicou o vírus ebola, anunciou neste sábado (22), em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS). No comunicado, a OMS diz que o país africano completou 42 dias – a partir de sexta-feira (21) – sem novos casos e é considerado livre de transmissão do ebola.

De acordo com a organização, declara-se o fim da epidemia de ebola quando nenhum novo caso é detetado durante 42 dias, duas vezes o tempo de incubação do vírus (21 dias). O governo congolês declarou o surto de ebola em Jeera, na província de Equateur – o último caso detectado e considerado negativo, após testes, foi há 42 dias, infromou a OMS.

As autoridades de Kinshasa anunciaram no domingo passado (16) o fim da epidemia, que provocou 49 mortes no país. Segundo o ministro da Saúde congolês, Félix Kabange Numbi, a República do Congo criou um primeiro, formado por 180 pessoas especializadas na luta contra o ebola, que está “pronto para intervir na Guiné-Conacri, em Serra Leoa, na Libéria e no Mali”, países mais afetados pela doença.

No entanto, ressaltou Kabange em entrevista coletiva, “o fim da epidemia (…) não significa que o perigo está totalmente ultrapassado”, porque o Congo “continua, como todos os outros países, sob a ameaça de casos de importação da doença”, sobretudo a partir do Oeste de África.

Segundo o último balanço da OMS, a doença matou 5.420 pessoas em oito países, nos quais foram identificados 15.145 casos de infeção desde dezembro do ano passado.

Médica espanhola

A médica espanhola retirada do Mali depois de uma picada acidental quando tratava um doente infectado com o vírus ebola chegou nesta sexta-feira (21) a Madri, capital da Espanha. Uma ambulância a esperava na Base Aérea de Torrejón de Ardoz. A médica, que viajou em avião fretado pela organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF), foi levada para o Hospital Carlos III.

Fontes do Conselho de Saúde da Comunidade de Madri explicaram que ela ficará isolada, em observação, devendo ser submetida a análises para determinar se houve ou não contágio. Natural de Navarra, a médica trabalhava para a organização MSF no Mali e é a quarta pessoa transportada para a Espanha desde que começou a crise de ebola na África. Ela não apresenta qualquer sintoma e a transferência para Madri é apenas uma medida preventiva depois do acidente com material contaminado.

Nas próximas 48 horas, serão feitos exames que determinarão se a médica foi contaminada pelo vírus. Os testes serão por reação em cadeia de polimérase (PCR, na sigla em inglês), um dos métodos mais comuns usado na detecção e no diagnóstico de doenças infecciosas.

As autoridades espanholas já tinham transferido para o país dois padres – que acabaram por morrer em Madri – e uma freira, que não estava contaminada.

Com agências de notícias


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