O anúncio da retomada de relações diplomáticas com Cuba fez com que o presidente norte-americano, Barack Obama, recebesse críticas, principalmente, do oposicionista Partido Republicano, mas também de alguns membros dos próprios democratas, da qual ele faz parte. Obama conversou com Raúl Castro por 45 minutos na terça-feira (16) e nesta quarta (17) anunciou uma série de medidas de reaproximação entre os dois países, suspensas desde 1961.
Assim que a Casa Branca anunciou o diálogo entre Obama e Raúl Castro, o chefe da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Robert Menendez, do Partido Democrata, publicou um comunicado pedindo aos republicanos que “assim que assumirem o controle do parlamento, realizem audiências sobre esta mudança dramática e equivocada da política”.
Por parte dos republicanos, o senador Bob Corker disse que vai “examinar de perto as implicações destas mudanças políticas no próximo Congresso” e o presidente do Senado, o também republicano John Boehner afirmou que as relações “com o regime de Castro não devem ser revisitadas e muito menos normalizadas até que o povo cubano desfrute de liberdade”. Oficialmente, o Partido Republicano não se pronunciou sobre a decisão do presidente Obama.
No entanto, uma das vozes mais significativas do atual momento do partido oposicionista foi justamente de um político com origens cubanas: o senador Marco Rubio, possível candidato nas eleições presidenciais de 2016. Em entrevista ao canal Fox, ele criticou duramente a postura do presidente. “Barack Obama é o pior negociador que tivemos como presidente, pelo menos desde Jimmy Carter, e talvez na história deste país. Ela coloca um preço sobre todos os americanos no exterior. Os governos agora sabem que, se tomarem um refém americano, eles podem obter concessões muito significativas dos EUA”, disse. “Faz parte de uma longa série de carícias a ditadores e tiranos por parte dessa administração”, completou.
Com Ansa
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