O Ministério da Defesa russo anunciou nesta quarta-feira (30) ter efetuado os primeiros ataques aéreos na Síria, destruindo “equipamentos militares e armas e munições” do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“Em conformidade com a decisão do comandante em chefe das Forças Armadas Vladimir Putin, realizamos uma operação aérea e bombardeamentos de precisão contra alvos no solo dos terroristas do grupo EI na Síria”, declarou o general Igor Konachenkov, porta-voz do Ministério da Defesa, citado por agências de notícias russas.
Putin obteve hoje “luz verde” do Senado russo para os bombardeios, solicitados por seu aliado o presidente da Síria, Bashar al-Assad.
A presidência síria confirmou hoje que Al-Assad tinha pedido ajuda militar à Rússia “no âmbito da iniciativa do presidente Putin de luta contra o terrorismo”.
De acordo com um responsável da Defesa norte-americano, a embaixada russa em Bagdad avisou a representação diplomática de Washington que os russos iam “começar missões aéreas contra o EI”.
A embaixada russa “pediu também que os aviões norte-americanos evitem o espaço aéreo sírio durante estas missões”, acrescentou.
Os Estados Unidos lideram uma coligação que há mais de um ano bombardeia as posições do EI na Síria e no Iraque.
O chefe da administração presidencial russa, Serguei Ivanov, disse que, por enquanto, as ações do país limitam-se apenas a bombardeios aéreos, sem quaisquer ações de tropas no solo.
Vladimir Putin disse que os ataques aéreos russos na Síria tem por objetivo ganhar rapidez e atacar os jihadistas em territórios sob seu controle, antes de chegarem a outros países.
“O único meio de lutar eficazmente contra o terrorismo internacional – na Síria e nos territórios vizinhos – […] é ganhar velocidade, lutar e destruir os combatentes e os terroristas nos territórios que controlam e não esperar que cheguem aos nossos”, declarou.
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