Aviões de combate russos bombardearam a cidade síria de Raqqa, reduto de jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Nordeste do país, e destruíram infraestruturas “utilizadas para treinar terroristas”. A informação foi anunciada nesta sexta-feira (2) pelo Ministério da Defesa russo. “Em 1º de outubro, caça-bombardeiros Su-34 atacaram um campo de treinamento do EI e um posto de comando camuflado a sudoeste da cidade de Raqqa”, informou o ministério em comunicado.
“Como resultado dos ataques, o posto de comando foi neutralizado e a infraestrutura utilizada para treinar terroristas foi completamente destruída”, acrescentou. O anúncio da Rússia foi feito pouco depois de a organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos ter informado que pelo menos 12 combatentes do EI morreram em bombardeios contra Raqqa.
Os aviões de combate bombardearam a área nove vezes. Entre os mortos há combatentes sírios e de outras nacionalidades, assim como um comandante iraquiano e outro tunisiano. A aviação russa iniciou na quarta-feira (30) ataques aéreos na Síria e Moscou garante que os alvos são posições do Estado Islâmico. Contudo, os primeiros bombardeios foram nas províncias de Idleb, no Nordeste, Homs e Hama, no centro da Síria, tendo visado aparentemente grupos da oposição moderada, apoiados e treinados pelos Estados Unidos.
ONU pede à Rússia para evitar alvos civis na Síria
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-Moon, pediu nesta quinta-feira (1º) ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, para evitar vítimas civis na Síria. Ban Ki-moon fez o pedido durante uma reunião na sede da ONU.
Em comunicado, o gabinete de imprensa da ONU informou que o secretário-geral e o ministro russo falaram sobre os últimos acontecimentos na Síria, incluindo a campanha contra o Estado Islâmico e outros grupos terroristas. O texto diz ainda que os dois concordaram que qualquer ataque aéreo deve ser feito sob estrita observância das leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos.
A aviação russa começou a operar na Síria na quarta-feira a pedido do presidente sírio, Bashar Al Assad. Dirigentes oposicionistas moderados sírios disseram, porém, que os ataques aéreos russos já deixaram dezenas de mortos e pediram à comunidade internacional que pressione o governo de Moscou para que os interrompa.
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