A Rússia está pronta para formar um grande bloco de nações contra o grupo Estado Islâmico, incluindo a França, os Estados Unidos e a Turquia, apesar da tensão entre Ancara e Moscou, afirmou nesta quarta-feira (25) o embaixador russo em Paris, Alexander Orlov. “Estamos prontos para todas as formas de planejamento conjunto sobre as posições do Daesh (nome árabe do Estado Islâmico) e para constituir um Estado-Maior comum com a França, com a América e com todos os países que quiserem entrar nessa coligação”, disse Orlov à Rádio francesa Europe1, acrescentando que se os turcos quiserem, “também serão bem-vindos”.
Após as conversações na Casa Branca entre os presidente François Hollande e Barack Obama na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos disse que seria “extremamente útil” se a Rússia trabalhasse em parceria com o seu país e outros para pôr fim à guerra na Síria.
Obama alertou, no entanto, que as forças norte-americanas só podem trabalhar com a Rússia se concentrarem os seus bombardeios na Síria, nos jihadistas do Estado Islâmico e não em outros grupos rebeldes que se opõem ao aliado de Moscou, o presidente sírio, Bashar al-Assad. Até que não haja uma “mudança estratégica” por parte de Vladimir Putin, a cooperação será “muito difícil”, acrescentou Obama.
O presidente francês, François Hollande, ampliou nesta semana os contatos de alto nível, e deve reunir-se com Putin nesta quinta-feira (26), para tentar formar uma coligação contra o Estado Islâmico, grupo que reivindicou os ataques de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos e 350 feridos.
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