Rússia renova asilo a Edward Snowden por mais três anos

Edward Snowden teve visto russo renovado. Foto: CIA
Edward Snowden teve visto russo renovado. Foto: CIA

O governo da Rússia autorizou o ex-analista de informações da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, a permanecer por mais três anos abrigado no país. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (6), pelo advogado de Snowden, Anatoli Kutcherena, que esclareceu que a decisão não coloca Snowden em um asílo político.

O estadunidense está asilado na Rússia desde agosto de 2013. No início daquele ano, o analista de informações revelou a jornalistas que a NSA estava utilizando programas secretos de espionagem em massa para monitorar mensagens eletrônicas e conversas telefônicas de cidadãos e autoridades de vários países. Entre as pessoas que tiveram conversas interceptadas estão a presidenta Dilma Rousseff e diretores da Petrobras.

A validade do novo asilo temporário entrou em vigor na última sexta-feira (1º) e permite que Snowden deixe a Rússia e viaje para o exterior. No entanto, o advogado admitiu que é improvável que ele saia do território russo. “Ele deve pensar sobre sua segurança. Seu estilo de vida é bastante modesto. Partimos do tom das declarações dadas pelo Departamento de Estado americano e por outros políticos”, disse Kutcherena.

Edward Snowden, estadunidense de 31 anos, chamou a atenção da comunidade internacional após a divulgação de milhares de documentos com os quais ele trabalhava na NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) e que comprovaram a vigilância do governo em vários países, entre eles o Brasil. Em maio do ano passado, ele viajou para o Havaí, onde liberou uma série de documentos privados da empresa. Alguns dias depois, Snowden revelou sua identidade em um vídeo publicado no site do jornal inglês The Guardian. O Departamento de Justiça dos EUA acusa, desde então, Snowden de violar a Lei de Espionagem estadunidense e roubo de propriedade do governo, punível com até 30 anos de prisão. Em dezembro, ele chegou a pedir asilo ao Brasil em uma carta publicada no jornal Folha de S. Paulo, mas o governo não entendeu o documento como um pedido formal.


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