O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (5), em entrevista ao jornal norte-americano New York Times, que o acordo nuclear com o Irã “não ameaça a capacidade militar defensiva de Israel” e que “não existe uma opção mais eficaz de que a iniciativa diplomática e do acordo que tem como objetivo prevenir que o país do Oriente Médio tenha uma arma nuclear”. A decisão foi tomada na semana passada, em reuniões na Suíça entre o governo iraniano e cinco membros do Conselho de Segurança do ONU mais a Alemanha, grupo conhecido como 5+1.
“O que estamos fazendo, mesmo quando entramos nesse negócio, é deixar uma mensagem muito clara para os iranianos e para toda a região: que se alguém mexe com Israel, a América [os Estados Unidos] vai estar lá”, declarou. “Eu consideraria uma falha da minha presidência se deixasse Israel mais vulnerável”, completou.
No acordo, o Irã concordou em reduzir seu programa nuclear de forma significativa em períodos de 10 a 15 anos e de receber visitas constantes de inspeções internacionais. Em troca, os Estados Unidos e a comunidade internacional vão afrouxar algumas sanções econômicas ao país. Neste domingo (5), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a resolução atingida pelo conselho, argumentando que o material bélico nuclear iraniano já existente não será destruído. “Nem uma única centrífuga foi destruída. Nem uma única instalação nuclear foi desligada, incluindo as instalações subterrâneas construídas ilicitamente. As centrífugas continuarão girando e enriquecendo urânio. É um negócio muito ruim”, disse.
O acordo atingido na semana passada vai ser assinado em julho.
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