O Ministério da Saúde da Libéria, na África, anunciou nesta terça-feira (30) o regresso do vírus ebola ao país, seis semanas depois de a doença ter sido considerada erradicada no território liberiano. “Um novo caso de ebola foi registrado no condado de Margibi, o paciente morreu e os testes confirmaram a doença antes da morte,” afirmou o ministro adjunto da Saúde, Tolbert Nyensuah.
O ministro disse a uma rádio local que foram identificados e estão em quarentena todas as pessoas que tiveram contatos com a vítima. “Estamos investigando para saber a origem desse novo caso. Pedimos a todos os cidadãos na Libéria que continuem a respeitar as medidas preventivas”, disse.
Os vizinhos da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri continuam a combater a epidemia de febre hemorrágica que já matou mais de 11 mil pessoas desde o início de 2014. O condado de Margibi está mais perto da capital Monróvia do que de qualquer fronteira. O porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Tarik Jasarevic, disse aos jornalistas em Genebra, na Suíça, que a agência da Organização das Nações Unidas foi informada do novo caso nesta terça-feira.
Na Libéria, o ébola matou cerca de 5 mil pessoas até o dia 9 maio deste ano, quando completou-se 42 dias da última morta pelo vírus no país. Apesar da comemoração, os Estados unidos e entidades de saúde mundiais pediram cautela antes de considerarem a doença encerrada, principalmente pela permanência da febre em países como Serra Leoa e Guiné. “Não podemos baixar a guarda até que a região inteira fique sem nenhum caso de ébola”, disse Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, na ocasião.
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