O presidente da França, François Hollande, afirmou neste sábado (7) que, se a Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia que atuam no leste do país não chegarem a um acordo, o único cenário possível será o da guerra.
A declaração foi dada ao jornal “Le Figaro”, após a reunião de quase cinco horas que o mandatário teve em Moscou com o seu colega russo, Vladimir Putin, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na última sexta-feira (6). No dia anterior, ele já havia visitado Kiev para um encontro com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, no qual a líder alemã também esteve presente.
“Se não conseguirmos encontrar um acordo de paz duradouro, sabemos perfeitamente qual será o cenário. Ele tem um nome, se chama guerra”, disse Hollande. Já Merkel, embora tenha reconhecido o valor das negociações, declarou em Munique que é “incerto” que as conversas dos últimos dias tenham tido sucesso.
Além disso, ela ressaltou que a liberdade dos povos de decidir seu futuro deve ser respeitada – uma clara referência às supostas interferências da Rússia na Ucrânia -, mas também destacou que a Europa quer trabalhar “ao lado” de Moscou, e não contra.
A chanceler ainda se posicionou contra o fornecimento de armas para Kiev, algo que está sendo cogitado pelos Estados Unidos. “Se é verdade que a solução não pode ser militar, entregar armamentos não é a saída”, disse.
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, se mostrou confiante de que as negociações levarão à interrupção dos conflitos no leste ucraniano. “As conversas prosseguirão. Elas são uma boa base para uma certa dose de otimismo”, afirmou.
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