Trajando camisetas do líder revolucionário Che Guevara, jovens guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) aparecem em um vídeo cantando um rap sobre os diálogos de paz com o governo. Antes do início da música, o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, avisa: “chegamos à mesa de diálogo sem rancores nem arrogâncias”.
Embalados por uma base de percussão e violão, os jovens rimam que irão para Havana para “conversar com o burguês que nos procurava e não nos pode derrotar”, em clara alusão a Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia. Os diálogos da paz entre governo e Farc começarão em Oslo, e depois seguirão para a capital de Cuba.
O Brasil também é citado no rap, onde os guerrilheiros criticam o País por vender aviões militares da Embraer ao governo da Colômbia. Outro alvo dos jovens são os Estados Unidos, considerados adversários da luta das Farc.
Além dos governos de Cuba e Noruega, os diálogos de paz terão Chile e Venezuela como observadores. Batizado como “Acordo Geral para o Fim do Conflito e a Construção de uma Paz Estável e Duradoura”, os diálogos tentarão selar o fim do conflito que assola o país.
Com cerca de 8.500 guerrilheiros, as Farc lutam desde 1964. Inicialmente vinculada à esquerda, a organização é hoje um das principais forças associadas ao narcotráfico do país. No acordo, tanto governo quanto Farc revelam que desejam pôr fim ao conflito como condição essencial para a construção da paz estável e duradoura” e “iniciar conversas diretas e ininterruptas”.
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