Síria: um mês após início de ação russa, extremistas se aproximam de Aleppo

Foto: Reprodução/Vídeo/ibtimes.co.uk
Membro do grupo Estado Islâmico na cidade síria de Aleppo – Foto: Reprodução/Vídeo/ibtimes.co.uk (27/10/2015)

Um mês após a Rússia ter iniciado uma ação militar na Síria, período em que foram registrados cerca de mil ataques aéreos, o grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) conseguiu avançar em direção a Aleppo, aérea em disputa entre rebeldes e forças fiéis a Bashar al-Assad.

Relatório escrito por peritos militares publicado pelo site Bellingcat aponta que mais de 90% das bombas foram lançadas por 34 caças russos localizados longe das posições conquistadas pelo EI.

Como Moscou mira todos os grupos rebeldes, inclusive opositores de Assad que lutam contra o EI, este enfraquecimento acaba beneficiando os jihadistas, que conseguiram se aproximar de Aleppo.

Organizações humanitárias internacionais denunciaram que mais de 180 civis morreram em ações russas, além de quase 400 rebeldes, o que as autoridades de Moscou negam, dizendo se tratar de mentiras.

De acordo com as Nações Unidas (ONU), neste último mês, mais de 120 mil civis siris deixaram as regiões de Aleppo, Idlib, Latakia e Hama por conta dos bombardeios. Acredita-se que essa população deve arriscar suas vidas em breve, tentando chegar à Europa por meio de rotas marítimas em busca de refúgio.

Um mês após o início dos ataques russos, a situação parece estar seguindo na direção de uma radicalização da guerra, ao invés de uma solução política. Assad, que foi recebido recentemente pelo presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, disse que não pretende convocar eleições presidenciais, o primeiro passo para uma transmissão de poder, como pede a comunidade internacional.

Israel
Nesta sexta-feira, dia 30, caças russos lançaram ataques no sul da Síria, em uma região localizada a poucos quilômetros das Colinas de Golã, controladas por Israel, informou o Observatório de Direitos Humanos da Síria (Ondus). Em 28 de outubro, bombas atingiram a região de Tell al Hara, a cerca de 20 quilômetros da região controlada pelo Estado judaico. A área é controlada por insurgentes sírios que lutam contra a Al Qaeda e o EI.



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