A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou na manhã desta sexta-feira o direito ao casamento de casais do mesmo sexo em todos os Estados do país. Na votação que decidiu pela constitucionalidade da decisão, os favoráveis à mudança venceram por 5 a 4. Segundo o jornal norte-americano New York Times, o juiz Anthony Kennedy foi o que garantiu o desempate a favor da liberação. “Uma união é mais profunda que o casamento, pois incorpora os mais altos ideais de amor, fidelidade, dedicação, sacrifício e da família”, escreve ele em seu parecer.
O anúncio foi acompanhado por uma celebração de homossexuais que ficaram em frente ao prédio da corte, em Washington. Segundo o NYT, após o discurso de Kennedy sobre a liberação, alguns juristas sentados no bar da galeria do tribunal choraram e se abraçaram. “”Seria entender mal estes homens e mulheres a dizer que [o casamento do mesmo sexo] é desrespeitar a ideia do casamento. O seu fundamento é de respeito e a sua esperança não é para ser condenados a viver na solidão, excluída de um dos mais antigas instituições da civilização. Eles pedem igual dignidade aos olhos da lei. A Constituição concede-lhes esse direito”, disse Kennedy.
Quatro estados foram contrários à medida: Kentuck, Michigan, Ohio e Tennessee. Eles enviaram argumentos pela recusa da proposta até abril, quando o tribunal começou a discutir o caso. Na votação desta sexta-feira, os advogados dos quatro estados disseram que suas proibições ao casamento de pessoas do mesmo sexo eram justificadas pela tradição e pelas características distintivas de gêneros. Eles disseram ainda que a questão deve ser resolvida democraticamente, nas urnas e nas legislaturas estaduais, e não por meio de juízes.
Vídeo da comemoração em Washington após a decisão:
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