Suspeitos de ataque a jornal estão cercados, mas fizeram reféns

Polícia francesa mantém busca a suspeitos de ataque a jornal - Foto: Reprodução/lefigaro.fr
Polícia francesa mantém busca a suspeitos de ataque a jornal – Foto: Reprodução/lefigaro.fr

A polícia francesa cerca os dois supostos autores do atentado contra o jornal humorístico Charlie Hedo, com sede em Paris, que deixou 12 mortos e 11 feridos, 4 deles ainda em estado grave.

Os irmãos Cherif e Said Kouachi foram cercados em Dammanrtin-en-Goële, no noroeste da França. Segundo a polícia, os suspeitos fizeram reféns, mas não há informações de quantas pessoas estão retidas com a dupla. Eles estão alojados dentro de uma pequena fábrica. A região foi isolada e a polícia pediu para que as pessoas não saiam de dentro de suas casas.

A polícia , agora, pôs em prática uma operação para tentar neutralizar os dois suspeitos, considerados perigos. A intenção é capturá-los vivos para que possam ser interrogados. Para a polícia da França, é importante conseguir extrair deles o maior número de informações sobre outros possíveis ataques.

Embora perigosos, os irmãos não feriram mais nenhuma pessoa durante a fuga, mesmo quando roubaram carros. Eles apenas pediam para que as pessoas deixassem o veículo. Apesar disso, eles estão fortemente armados, segundo informações oficiais.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, deu ordens à Chancelaria e ao serviço de Inteligência israelense, Mossad, que ajudem o governo francês com “tudo que for necessário para combater a onda de terrorismo” que assola Paris. “Devemos permanecer unidos”, concluiu.

Ataque

Os autores do atentado, um dos mais graves da história da França, entraram, na manhã desta quarta-feira (7), na sede do jornal Charlie Hebdo vestidos de preto e com o rosto coberto. Eles estavam armados com fuzis AK-47 e gritaram “Alahu akbar” (“Alá é Grande”).

Aparentemente, eles sabiam que os profissionais estavam juntos em uma reunião que ocorria semanalmente. 

Em seguida, eles começaram a disparar contra aos pessoas, mataram 12 que estavam na redação, a maioria em salas de reunião.  Eles ainda chegaram a chamar o nome de alguns profissionais, como de Stéphane Charbonnier, conhecido Charb, que era diretor do jornal. Além dele, morreram Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, de 57 anos; Jean Cabut, que assinava como Cabu, de 76, e  Georges Wolinski, de 80 anos. Além de  Bernard Maris, um prestigiado economista e jornalista que colaborava com o jornal.

Quatro feridos continuam em estado grave no hospital. Até o momento, nenhuma organização reivindicou o ataque.


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