Terceiro resgate à Grécia é estimado em R$ 174 bilhões

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia e Sr. Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu - Foto: União Europeia
Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia e Sr. Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu – Foto: União Europeia

O terceiro pacote de resgate da União Europeia à Grécia, anunciado na segunda-feira (13), em Bruxelas, na Bélgica, está estimado em R$ 174 bilhões, ainda que as necessidades do país europeu cheguem a R$ 300 bilhões, segundo a imprensa europeia. Segundo publicações divulgaram nesta terça-feira (14), o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ajudar com R$ 55 bilhões, colaborando com alguns países da zona do euro, que teriam que desembolsar quantias consideráveis para ajudar os gregos – o acordo impediu que o país saísse do bloco econômico.

De acordo com o jornal espanhol El País, a Grécia já recebeu em torno de R$ 734 bilhões desde 2010, quando o primeiro pacote de resgate ao sistema financeiro grego foi aprovado.

Na segunda-feira, após 17 horas de reunião, os ministros das Finanças da União Europeia aceitaram oferecer um terceiro pacote de resgate à Grécia. Em troca, o primeiro-ministro Alexis Tsipras terá que estruturar um pacote considerado “mais duro”, que prevê, entre outras coisas, a criação de um fundo para a venda de ativos públicos, uma reforma no sistema de pensões e endurecimento nas leis de trabalho. O texto do acordo constata a “necessidade crucial de reconstruir a confiança com as autoridades gregas” como requisito para qualquer resgate e afirma, entre outras obrigações “duras”, que a Grécia consulte previamente as instituições europeias para qualquer lei que Atenas quiser aprovar “em áreas relevantes”.

Nesta terça-feira, o China Daily, principal jornal de língua inglesa do país asiático, publicou que o pacote de privatizações previsto no acordo entre o governo grego e os líderes da zona do euro pode atrair para a Grécia novos investimentos da China. Um consultor financeiro grego citado pelo jornal exorta o primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, a “visitar brevemente” Pequim. “Acho que [Alexis] Tsipras devia ir à China debater investimentos em infraestrutura, transportes e energia e abordar bancos chineses que poderão fornecer financiamentos suplementares”, defendeu Christos Vlachos, sócio-gerente da empresa Silky Finance. “Isso deve ser a prioridade de Tsipras depois de o acordo com Bruxelas ser finalizado”, acrescentou.

Uma analista financeira chinesa, citada pelo mesmo jornal, sustenta também que “a China poderá se beneficiar do potencial” proporcionado pelo programa de privatizações da Grécia, sobretudo na área dos portos, mas alerta que o governo chinês deve ser “prudente” quanto à aquisição de títulos da divida grega.

A China é a segunda economia mundial, com um volume de reservas cambiais estimado em 3,8 bilhões de dólares (3,45 bilhões de euros), e um importante investidor na Grécia.


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