O toureiro espanhol Víctor Barrio, de 29 anos, morreu no sábado (9) após ser chifrado no peito durante uma apresentação na cidade de Teruel, em Aragão. Segundo o boletim médico, a chifrada perfurou o pulmão direito e a aorta torácica e ele teve uma parada cardíaca.
Barrio foi o primeiro toureiro profissional a morrer em uma arena espanhola neste século. O último caso de morte havia sido o de José Cubero, o Yiyo, em 30 de agosto de 1985. O touro que atingiu Barrio se chama Lorenzo e pesa 529 quilos. O jornal “El Mundo” diz que o golpe que o matou foi muito semelhante com o que matou Cubero em 1985. Ele tinha 21 anos e teve morte instantânea.
O torneio do último sábado estava sendo transmitido ao vivo pela televisão e os telespectadores puderam ver quando o touro derrubou Barrio no chão e o chifrou no peito. Ele chegou a ser levado com vida à enfermaria do local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu poucos minutos depois.
A competição foi cancelada assim que a morte de Barrio foi anunciada. Em seu perfil no Twitter, o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy enviou condolências. “Minhas condolências à família e aos companheiros de Víctor Barrio, toureiro falecido esta tarde em Teruel. Descanse em paz”.
As touradas vêm desaparecendo aos poucos em todo o mundo, sobretudo em razão da ação de defensores dos direitos dos animais. Mas essa prática também é criticada por receber grandes subsídios públicos, sobretudo em tempos de crise econômica. Na Espanha, as Ilhas Canárias proibiram as touradas em 1981 e, em 2011, elas também deixaram de ser realizadas na Catalunha.
No Brasil, as touradas foram proibidas em 1934 pelo então presidente Getúlio Vargas. Elas também já cessaram na Argentina (1899), Cuba (1901), Uruguai (1912), Nicarágua (2010) e Panamá (2012). No México, o Estado de Sonora também barrou essa prática, em 2012. Nos Estados Unidos, a tourada tradicional só persiste no Texas.
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