Turquia mata 35 membros do Estado Islâmico em ataque na Síria

O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, anunciou nesta sexta-feira (24) que aviões do país bombardearam e destruíram alvos do grupo extremista Estado Islâmico na fronteira com a Síria. De acordo com a imprensa local, ao menos quatro aeronaves de Ancara decolaram da base aérea de Diarbaquir e dispararam mísseis contra alvos do EI no vilarejo de Havar, na Síria. Ancara ressaltou que chegou a avisar o governo sírio sobre a incursão e que, desta forma, não violou o espaço aéreo do país vizinho. Ao menos 35 simpatizantes do grupo extremista foram mortos na ação, segundo cálculos preliminares.

Simultaneamente aos ataques, a polícia turca prendeu 251 pessoas em uma operação contra terrorismo. Os detidos seriam suspeitos de manterem relação com o EI ou com milícias curdas. Uma mulher, ligada ao grupo de extrema esquerda turco DHKP-C, morreu em confronto com os policiais. “O país está determinado a combater todos os grupos terroristas, sem distinção”, disse o governo, em um comunicado publicado pela rede Al Arabiya.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmou também a concessão aos Estados Unidos de uma base militar em Incirlik para operações armadas contra o grupo.

O clima na Turquia acirrou nos últimos dias, após um atentado na cidade de Suruc, na fronteira com a Síria, deixar ao menos 30 mortos e 100 feridos na última segunda-feira (20), quando um homem, vestido de burca, detonou uma bomba em um centro cultural curdo. Desde então, três policiais e um militar foram assassinados em atentados reivindicados pelo partido curdo PKK, que acusa o governo de ter “colaborado” com os jihadistas no atentado em Suruc. O PKK também matou um simpatizante do EI em Istambul e um membro do Hezbollah curdo, os quais responderam com diversos assaltos armados contra a sede do partido curdo HDP, aumentando a tensão sobre uma possível guerra étnica.

Estados Unidos

O Pentágono anunciou também nesta sexta-feira (24) a morte de um importante comandante da rede terrorista Al Qaeda e de dois outros militantes durante um bombardeio da força aérea norte-americana, no último dia 11, no Afeganistão. O ataque, na província de Paktika, matou Abu Khalil Al-Sudani, “um destacado comandante operacional da Al Qaeda”, de acordo com uma declaração do Pentágono divulgada no Iraque.

“Al-Sudani era um dos três violentos extremistas mortos no ataque. A morte dele vai prejudicar as operações da Al Qaeda em todo o mundo”, acrescentou o comunicado.

O Pentágono descreveu Al-Sudani como um destacado membro da ‘shura’ (conselho consultivo muçulmano) e líder de operações suicidas da rede terrorista, afirmando, ainda, que o dirigente estava diretamente envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos.

*Com Agência Brasil


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