A Ucrânia anunciou que irá abrir os arquivos secretos dos órgãos repressivos do regime comunista, que datam desde a revolução de outubro de 1917 até a proclamação da independência do país, em 1991, no mesmo dia que em o Parlamento aprovou a proibição da propaganda comunista no país.
A desclassificação de arquivos foi autorizada pelo Rada, o Parlamento ucraniano, com 260 votos a favor entre os 320 deputados presentes na sessão.
O organismo também aprovou hoje, com extensa maioria, um projeto de lei que classifica comunismo e nazismo nos mesmos termos, proibindo seus símbolos, sua propaganda e a negação seu caráter criminoso, os banindo do país.
A lei define que “o regime totalitário comunista existente na Ucrânia é reconhecido como criminoso e acusado de ter promovido uma política de terror estatal”. Os transgressores da norma deverão pegar até cinco anos de prisão.
O ministro da Justiça, Pavlo Petrenko, declarou que a lei proíbe a “ideologia comunista” como parte de um processo de “descomunização” do país anunciado há alguns meses pelo governo de Kiev.
A norma foi aprovada pelo Rada em meio a tensões diplomáticas com a Rússia, que estaria apoiando forças separatistas que atuam no leste do país. O presidente russo, Vladimir Putin, também apoia o ex-líder ucraniano, Victor Ianukovich, deposto por sua postura pró-russa e contrária à União Europeia (UE).
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