A Agência Europeia para Segurança Aérea (Easa) expressou há alguns anos sua preocupação pela fragilidade dos controles, inclusive médicos, adotados por parte das autoridades alemãs nas empresas nacionais, chegando até a pedir formalmente que Berlim revisasse seus procedimentos.
Nos últimos dias, o país tem sido bastante questionado por ter permitido que um homem com histórico de depressão, Andreas Lubitz, ficasse sozinho na cabine de um Airbus A320 da companhia aérea Germanwings, resultando no desastre que matou 150 pessoas nos Alpes franceses.
Segundo o diário norte-americano “The Wall Street Journal”, autor da denúncia, a agência alemã de transportes aéreos sofre uma carência crônica de funcionários, o que pode minar sua capacidade de realizar checagens nos aviões e nas tripulações, incluindo exames médicos adequados.
De acordo com o jornal, não é claro se a falta de sistemas de controle na Alemanha contribuiu para a tragédia, mas o país respondeu às objeções da UE e funcionários europeus já estão estudando um “plano de ação corretivo”.
A Easa confirmou o teor da reportagem à emissora britânica “BBC”, ressaltando que já havia indicado numerosos casos de “não conformidade” e que autoridades da Comissão Europeia (poder executivo do bloco) contataram Berlim no final de 2014.
Lubitz, de 27 anos, tivera um grave episódio de depressão – segundo suas próprias palavras – em 2009, algo que era de conhecimento da Lufthansa, empresa controladora da Germanwings.
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