A violência contra civis perpetrada pelo grupo extremista Boko Haram, no noroeste da Nigéria e nos países vizinhos, obrigou mais de 1 milhão de crianças a deixarem suas escolas, informou nesta terça-feira (22) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Em Nigéria, Camarões, Chad e Níger, mais de 2 mil escolas permanecem fechadas por medo das ações do grupo fundamentalista.
O diretor regional do Unicef para a África Ocidental e Central, Manuel Fontaine, explicou, em comunicado, que “quanto mais tempo [as crianças] não forem à escola, maior é o risco de serem maltratadas, raptadas e recrutadas por grupos armados”.
Esse 1 milhão de alunos se soma aos outros 11 milhões de crianças que já estavam fora da escola antes do início das ações do Boko Haram, em 2009. Desde então, ao menos 600 professores foram mortos na região.
Para os radicais do grupo, que prega a implementação da sharia (lei islâmica), “a educação ocidental é pecaminosa”.
Os militantes já mataram ao menos 20 mil pessoas e provocaram o deslocamento de 2,3 milhões, de acordo com dados da Anistia Internacional (AI) e das Nações Unidas (ONU).
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