O atentado terrorista ocorrido em Bruxelas na última semana, que deixou 34 mortos, dominou as manchetes dos jornais e sites pelo mundo afora. E não era para menos. Mais uma vez, o terrorismo atacou em território europeu e apavorou o mundo ocidental ao demonstrar a fragilidade de países antes considerados seguros para se viver.
A sequência de atentados recentes em países de grande população muçulmana no Oriente Médio, Ásia ou África, por sua vez, não receberam assim tanto destaque. Ontem, um atentado matou 25 pessoas no Iraque e outro 22 no Iémen. Na semana passada, também em atentados (sem incluir guerras e conflitos), morreram, pelo menos, 42 mortos na Turquia (em Istambul e Ancara), 22 na Costa do Marfim, 7 na Indonésia, 41 no Líbano e outros 47 em Bagdá, além de centenas de feridos. Ao todo, 206 vítimas em 20 dias, em uma pesquisa rápida no noticiário sobre os conflitos na região.
Na última segunda-feira (21), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o país enfrenta “uma das maiores ondas de terrorismo da sua história”. Ele prometeu reprimir os rebeldes curdos e o grupo extremista Estado Islâmico, após seis atentados a bomba em oito meses deixarem mais de 200 mortos.
O caso turco, pela proximidade do país com a Europa, é um que ainda recebe algum destaque na mídia ocidental. “Menos relevantes” parecem ser os casos de Iraque, Líbano ou Costa do Marfim. O atentado ocorrido ontem em Bagdá, por exemplo, se deu na saída de uma partida de futebol, matando dezenas de torcedores inocentes. No Iemén, foram três atentados simultâneos que mataram ao menos dez civis. O horror é horror em qualquer lugar do mundo.
*com Agência Brasil
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