A primeira medalha de ouro do Brasil nesta Olimpíada foi conquistada por uma mulher negra da periferia do Rio de Janeiro: a judoca Rafaela Silva derrotou na final da categoria leve a mongol Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial, por wazari.
Na estreia, Rafaela passou pela alemã Myriam Roper, com uma vitória em apenas 46 segundos. Depois eliminou a sul-coreana Jandi Kim, vice-líder do ranking, e superou nas quartas a húngara Hedvig Karakas, que a havia eliminado na Olimpíada de 2012. Por fim, na semifinal, Rafaela derrotou a romena Corina Caprioriu, medalha de prata em Londres-2012.
Atualmente com 24 anos, Rafaela ocupa o 14º lugar no ranking mundial. Ela foi a primeira brasileira a se sagrar campeã mundial de judô, em agosto de 2013. No braço direito ela tatuou a seguinte frase: “Só Deus sabe quanto eu sofri e o que fiz para chegar até aqui”. Ela nasceu e cresceu na Cidade de Deus (que serviu de cenário para o livro de Paulo Lins). Seu pai é motorista e a mãe trabalha numa mercearia. Ela foi revelada no Instituto Reação, comandado pelo ex-judoca Flávio Canto, que tem um núcleo na academia Body Planet, de Jacarepaguá, próximo a um dos acessos da comunidade.
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