O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, nunca se compromete, antes do início de uma competição, a fazer apostas e previsões sobre o número de medalhas a serem conquistadas. No caso do Rio, então, nem pensar.
O novo ministro do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, tem, no entanto, suas estimativas na ponta da língua – e não faz a mínima questão de escondê-las. Recentemente, ele as detalhou em uma entrevista a jornalistas estrangeiros:
– Pelas nossas projeções, seriam necessárias entre 23 e 30 medalhas para ficarmos entre os dez primeiros, a meta que justificou a criação do Plano Brasil Medalhas. Em Londres tivemos 17, nosso melhor resultado. Para chegar à meta, fizemos uma análise com o Comitê Olímpico e as confederações. O diagnóstico foi de que deveríamos ampliar o leque em que tínhamos condições de pódio. Não podemos depender de poucas modalidades ou atletas. Raramente dá tudo certo. Eu sempre digo que, para ganhar muitas medalhas, é preciso perder muitas, ou seja, ter um leque grande de chances.
E o que é o Brasil Medalhas? O ministro explica:
– É um plano do governo federal, com investimento de R$ 1 bilhão, que mapeou e ofereceu condições padrão a todos os atletas brasileiros com chance de pódio. Essa condição inclui locais de treinamento de qualidade e equipes multidisciplinares, com psicólogos, médicos, nutricionistas e fisioterapeutas. Além disso, os atletas participam de mais competições no exterior e ficam inseridos no calendário internacional. Trouxemos técnicos estrangeiros. Assim, crescemos muito.
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