Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e tucano histórico, Andrea Matarazzo anuncia desfiliação do PSDB

Andrea Matarazzo, que em coletiva, anuncia desfiliação da legenda
Andrea Matarazzo, que em coletiva anuncia desfiliação da legenda

Depois de 25 anos no PSDB, o vereador e pré-candidato a prefeito pela sigla anunciou que está deixando o partido. O político comunicou a decisão no final desta manhã em coletiva de imprensa. A razão da desfiliação se deu em função de desentendimentos durante as prévias do PSDB, em que o político disputava a indicação para a candidatura de prefeito com o empresário João Dória Jr.

Apesar de ter conquistado expressivo apoio durante o primeiro turno das prévias, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador José Serra e do senador Aloysio Nunes, ele terminou a primeira rodada em segundo lugar, com 32,89% dos votos. Doria, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, venceu o primeiro turno, com 43,13%. O segundo turno das prévias ocorreria neste domingo, 20/03.

Em post anunciando a decisão em seu perfil de Facebook, Matarazzo creditou a saída às atitudes de parte da legenda na disputa das prévias: “O comportamento de parte do partido nestas prévias é uma réplica do que o PT está fazendo e o PSDB condena. Vimos compra de votos sem cerimônia com gravações para comprova-la, transporte de eleitores, constrangimento de pessoas, seguranças dentro dos locais de votação e uso da máquina pública. Tudo isso me faz acreditar que o PSDB não é mais o partido que ajudei a construir. O que está sendo feito agora não é a política do meu PSDB, um partido sério e correto.” Explicou o político. Ele também fez duras críticas ao Governador Geraldo Alckmin, que para ele usou a máquina estadual para favorecer seu afilhado político. Em entrevista para o Jornal Folha de São Paulo, ele disse que Doria trata a militância tucana “como um senhor feudal, um capitão do mato (…) ele é uma piada”. Matarazzo também afirmou que permanecer no partido seria a legitimação de uma fraude.

O vereador, no entanto, não anunciou para qual legenda pretende ir. Especula-se que, devido a sua proximidade com o ex-prefeito Gilberto Kassab, de quem foi subprefeito e secretário, o PSD seja um destino provável.

Debadada
O senador e ex-presidente Fernando Collor (AL) formalizou hoje, 18, sua desfiliação do PTB, depois de nove anos de legenda. Aliado do governo, ele justificou sua decisão por ser contrário à opinião da presidenta do partido, a deputada Cristiane Brasil (RJ), que chamou os parlamentares da sigla a votarem pela saída da presidenta Dilma Rousseff.

Além de Collor, outros sete senadores trocaram de partido ou se desfiliaram de suas legendas desde a promulgação da PEC da janela partidária, em 18 de fevereiro, que abriu prazo de 30 dias para que detentores de mandato eletivo troquem de partido sem o risco de serem cassados por infidelidade partidária. São eles: Ricardo Ferraço (ES), que deixou o PMDB e foi para o PSDB; Cristovam Buarque (DF), que se desfiliou do PDT e foi para o PPS; e Hélio José, que deixou o PMB para ir para o PMDB. Já os senadores Reguffe (ex-PDT-DF), José Medeiros (ex-PPS-MT) e Delcídio Amaral (ex-PT-MS) se desfiliaram e estão sem partido até agora, como Fernando Collor.

O senador, em sua página no Facebook, diz que ainda examina os convites recebidos. Mas não informa quais são os partidos que teriam entrado em contato com ele. Collor, como se sabe, é um dos investigados pela Operação Lava Jato.


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