Depois de 25 anos no PSDB, o vereador e pré-candidato a prefeito pela sigla anunciou que está deixando o partido. O político comunicou a decisão no final desta manhã em coletiva de imprensa. A razão da desfiliação se deu em função de desentendimentos durante as prévias do PSDB, em que o político disputava a indicação para a candidatura de prefeito com o empresário João Dória Jr.
Apesar de ter conquistado expressivo apoio durante o primeiro turno das prévias, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador José Serra e do senador Aloysio Nunes, ele terminou a primeira rodada em segundo lugar, com 32,89% dos votos. Doria, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, venceu o primeiro turno, com 43,13%. O segundo turno das prévias ocorreria neste domingo, 20/03.
Em post anunciando a decisão em seu perfil de Facebook, Matarazzo creditou a saída às atitudes de parte da legenda na disputa das prévias: “O comportamento de parte do partido nestas prévias é uma réplica do que o PT está fazendo e o PSDB condena. Vimos compra de votos sem cerimônia com gravações para comprova-la, transporte de eleitores, constrangimento de pessoas, seguranças dentro dos locais de votação e uso da máquina pública. Tudo isso me faz acreditar que o PSDB não é mais o partido que ajudei a construir. O que está sendo feito agora não é a política do meu PSDB, um partido sério e correto.” Explicou o político. Ele também fez duras críticas ao Governador Geraldo Alckmin, que para ele usou a máquina estadual para favorecer seu afilhado político. Em entrevista para o Jornal Folha de São Paulo, ele disse que Doria trata a militância tucana “como um senhor feudal, um capitão do mato (…) ele é uma piada”. Matarazzo também afirmou que permanecer no partido seria a legitimação de uma fraude.
O vereador, no entanto, não anunciou para qual legenda pretende ir. Especula-se que, devido a sua proximidade com o ex-prefeito Gilberto Kassab, de quem foi subprefeito e secretário, o PSD seja um destino provável.
Debadada
O senador e ex-presidente Fernando Collor (AL) formalizou hoje, 18, sua desfiliação do PTB, depois de nove anos de legenda. Aliado do governo, ele justificou sua decisão por ser contrário à opinião da presidenta do partido, a deputada Cristiane Brasil (RJ), que chamou os parlamentares da sigla a votarem pela saída da presidenta Dilma Rousseff.
Além de Collor, outros sete senadores trocaram de partido ou se desfiliaram de suas legendas desde a promulgação da PEC da janela partidária, em 18 de fevereiro, que abriu prazo de 30 dias para que detentores de mandato eletivo troquem de partido sem o risco de serem cassados por infidelidade partidária. São eles: Ricardo Ferraço (ES), que deixou o PMDB e foi para o PSDB; Cristovam Buarque (DF), que se desfiliou do PDT e foi para o PPS; e Hélio José, que deixou o PMB para ir para o PMDB. Já os senadores Reguffe (ex-PDT-DF), José Medeiros (ex-PPS-MT) e Delcídio Amaral (ex-PT-MS) se desfiliaram e estão sem partido até agora, como Fernando Collor.
O senador, em sua página no Facebook, diz que ainda examina os convites recebidos. Mas não informa quais são os partidos que teriam entrado em contato com ele. Collor, como se sabe, é um dos investigados pela Operação Lava Jato.
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