A ação da Polícia Federal na última sexta-feira (4), que colocou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viatura e o obrigou a prestar depoimento, trouxe tanta popularidade ao petista que investigadores da Lava Jato já admitem que a ação pode ter prejudicado suas intenções.
Internamente, os investigadores temem que a decisão, considerada arbitrária por muitos juristas, tenha passado à população a impressão de que a PF e o Ministério Público são virulentos. Para a força-tarefa que cuida do caso, o apoio da opinião pública é fundamental para que a operação continue a atuar, conta edição desta segunda-feira (7) do jornal Folha de S.Paulo.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi mostra que 56% dos brasileiros desaprovam a inclusão de Lula na Operação Lava Jato. Os 15 mil questionários feitos pela internet foram realizados após a condução coercitiva do ex-presidente.
Ao mesmo tempo, grupos sociais ligados do PT, à União Nacional dos Estudantes (UNE), ao PCdoB, dentre outros, organizaram uma manifestação contra a TV Globo no domingo (6), na sede do canal do Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Os participantes alegavam que a cobertura da emissora é tendenciosa e desfavorável ao PT. No ato foram levantadas bandeiras como “Abaixo a Rede Globo, o povo não é bobo”, “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura” e “Lula 2018”.
Não foi o único. Ao todo, 60 movimentos sociais ligados à Frente Brasil Popular realizaram atos em 1.210 cidades somente na sexta. A intenção é fazer o mesmo nos dias 8, 18 e 31 de março. Enquanto ocorriam os atos de apoio, aumentavam o número de filiados ao PT. Acompanhados de militantes, muitos foram até a sede da sigla em São Paulo para ingressar na legenda.
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