Aécio prega cautela para garantir vitória do impeachment no Senado

Foto: EBC
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Após a aprovação da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), planeja entregar no final da tarde de hoje (18) ao Senado o resultado da votação: Dos 513 parlamentares, 511 votaram: 367 a favor, 137 contra e sete se abstiveram.

Existe uma movimentação em curso para que a comissão do impeachment do Senado seja comandada pelo PSDB e pelo PP. O colegiado teria como presidente o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) e a relatoria ficaria a cargo de Ana Amélia (PP-RS). “Não acho interessante o PMDB ocupar cargos importantes na comissão”, admite o senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente em exercício do PMDB.

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), responsável pelo voto que decidiu pelo impeachment, afirmou que a missão da oposição da Câmara agora é dar “subsídios” aos senadores: “Acredito que o Senado tende a manter o que decidimos aqui”, assinalou. Integrantes da oposição acreditam já ter pelo menos 44 votos no Senado para afastar a presidenta. São necessários 41 votos de 81.

O presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), prefere cautela. Afirmou nas redes sociais que “a luta ainda não acabou”. “É preciso manter a mobilização nas ruas e no Congresso. O pedido de impeachment agora chega ao Senado, e mais uma vez a força dos brasileiros haverá de fazer a diferença.”

Esse tem sido o tom de outros partidos que apoiaram o impeachment, entre os quais o PMDB e o DEM. “A primeira parte foi vencida. Mas ainda resta um longo caminho”, disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos articuladores do processo de afastamento de Dilma na Câmara.

Por hoje não estão programadas reuniões para tratar do assunto. Mas a partir de terça-feira (19), já devem ser articulados encontros para tratar do encaminhamento do processo no Senado. “Quanto mais tempo levar para decidir no Senado, a situação vai piorar, porque o governo sequer tem ministérios.”

Os ministros foram demitidos, alguns para votar, outros saíram porque não queriam fazer mais parte da base política do governo. “A máquina vai parar a partir de amanhã [segunda]. Então, o Brasil vai parar”, disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 


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