O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta sexta-feira (19) que a Polícia Militar vai rever sua estratégia em futuros novos protestos. A medida acontece depois da depredação em bancos e em uma concessionária de veículos de luxo na Marginal Pinheiros, no feriado da quinta-feira (18), durante uma manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL).
“Uma coisa é manifestação, que deve ser respeitada. Outra coisa é vandalismo, depredação, ação criminosa de mascarados que deve ser combatida e é dever da polícia fazer isso. Já determinamos ao secretário de segurança que há câmeras de vídeo e alguns [vândalos] dá pra identificar. O mais rápido possível devemos prender os criminosos”, afirmou.
Mais cedo, o secretário de segurança pública do Estado, Fernando Grella, demonstrou irritação com ocorrido na quinta. Ele criticou o acordo que a PM fez com o MPL antes da manifestação, onde o movimento se comprometeu a enviar à polícia um mapa com o percurso do ato e os policiais, por sua vez, acompanhar o protesto de longe. Seria,a na verdade, uma comemoração a data de um ano da revogação do aumento na tarifa de ônibus, trens e metrô em São Paulo. “É inadmissível um acordo como foi feito. O acordo possível é para manter a ordem pública e é inaceitável a inércia. Houve uma falha no tempo de resposta da PM na ação daquele grupo de vândalos. A polícia não deveria ter feito acordo e não deveria ter demorado para proceder a intervenção”, falou em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Nesta sexta-feira (19), a empresária Mariana Caltabiano, executiva responsável pela concessionária depredada, falou à Brasileiros que, apesar de ter visto a ação de longe, achou que a polícia deveria ter agido. O MPL já afirmou à grande imprensa durante os últimos dias da semana que o vandalismo não partiu de seus membros.
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