O governo do PT em nível federal era corrupto, muito diferente do que chega agora ao poder pelas mãos do peemedebista Michel Temer. Diferente até do governo do Estado de São Paulo, que – merendão à parte – é honesto e por isso raramente é investigado.
As afirmações são do novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista desta segunda-feira (16) ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo o ex-secretário de Segurança, não há qualquer “contradição” por parte de Michel Temer assumir a Presidência da República pregando combate à corrupção enquanto nomeia investigados na Lava Jato para sua equipe ministerial. “Quem investiga fatos, e não pessoas. Se houver fatos que levem a pessoas, não importa se são do partido A, B ou C – elas serão responsabilizadas”, garante.
Ele também negou a existência de corrupção no governo do antigo chefe, Geraldo Alckmin (PSDB) ao justificar a blindagem do governo na Assembleia Legislativa, que raramente investiga alguma suspeita de corrupção. “A única diferença em relação ao governo federal é que o governo de São Paulo é honesto. E um governo honesto é menos investigado porque não tem escândalos.”
Moraes também pretende acabar com a eleição interna no Ministério Público para a indicação do Procurador-Geral da República. Hoje, os integrantes do MP votam em uma aliança tríplice e o governo indica o mais votado. Por ter sido uma decisão do PT, ele deve revogá-la. “É uma questão de freios e contrapesos. O poder de um MP é muito grande, mas nenhum poder pode ser absoluto.”
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