Anistia Internacional lamenta veto a projeto que proíbe bala de borracha em SP

policia sao paulo

A organização não governamental Anistia Internacional divulgou neste sábado (20) nota em que lamenta a decisão do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de vetar o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa do estado (Alesp), no início do mês, que proibia o uso de bala de borracha pelos policiais civis e militares em protestos e manifestações.

A anistia argumenta ter reunido “casos de uso desproporcional da força pela polícia paulista durante os protestos”, como o do fotógrafo Sergio Silva que ficou cego de um olho, por ter sido atingido, enquanto cobria uma manifestação em 2013. O fotógrafo foi tema de campanha em que pedia indenização por danos morais e materiais com o ocorrido.

A ONG defende que o uso de armas menos letais deve ser regulamento e que todas as denúncias de abuso devem ser investigadas. “São Paulo não possui nenhum protocolo público sobre o uso de armas menos letais e, desde junho de 2013, nenhum agente público foi responsabilizado pelos ferimentos e danos causados a jornalistas e manifestantes”, informa a nota.

Na decisão pelo veto, o governador disse que a polícia necessita de liberdade. “A polícia tem protocolos. Precisa ter liberdade dentro dos seus protocolos de trabalho, dentro da sua competência, para poder administrar a maneira como estabelece a ordem pública, protege os cidadãos.”

O projeto de lei foi apresentado pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Alesp e aprovado em 3 de dezembro. O líder do partido na Casa, João Paulo Rillo, disse que o texto foi uma resposta  “ao fato de jornalistas perderem a visão durante as manifestações de junho”.  “O direito à livre manifestação é um imperativo da lei”, declarou.


Comentários

5 respostas para “Anistia Internacional lamenta veto a projeto que proíbe bala de borracha em SP”

  1. É realmente uma pena essa decisão do Alckmin, pois as balas a serem usadas deveriam ser as de chumbo mesmo. É uma pena!

  2. Avatar de Rosan da Silva Nunes
    Rosan da Silva Nunes

    É o Brasil exibindo suas brasileirices terceiro-mundistas. Falta de vergonha.

  3. Esse pessoal lamenta porque não são eles que recebem pedradas, pauladas, rojões e ate coquetel molov, eles esquecem que do nosso lado também existem seres humanos que sangram, sentem dores e que precisam resolver a situação a qualquer custo e ainda se manter vivos pra poder chegar em casa e abraçar sua familia. Quando o protesto e pacífico e tem justa causa a PM não vai intervir, mas esses malacos que usa protesto pra fazer quebradeira tem mesmo que levar borrachada, não quer levar borrachadas? Então quando a PM der uma ordem obedeça.

    1. Você não para pra pensar que a luta do povo começou por 30 centavos, mas no fim foi muito além disso. Era por várias coisas, inclusive por você. Sim. Por você, que é um dos responsáveis pela segurança mas recebe um salário ridículo. Enquanto você age como um cachorrinho do governador, acaba fazendo a manutenção do seu salário ridículo. Parabéns por não pensar.

  4. Salve Bolsonaro, deputado eleito pelo povo e não pelo partido.

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