O governo federal deixou de lado a estratégia de aguardar a ofensiva da oposição e decidiu entrar com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, e o ministro do Supremo, Gilmar Mendes. Enquanto o primeiro é acusado de pôr em risco “a soberania nacional”, Mendes seria parcial em sua decisão de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na chefia da Casa Civil.
Em uma das ações, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a suspeição de Gilmar para decidir sobre a nomeação de Lula, enquanto acusou Moro, em outro processo, de colocar o País em risco ao divulgar grampo telefônico com conversas da presidenta Dilma Rousseff com Lula.
Segundo a AGU, Mendes feriu a presunção de inocência de Lula ao barrar sua nomeação, uma vez que ele não é condenado. Por supostamente lhe faltar “imparcialidade”, o governo quer que a decisão de Mendes seja revogada. O ministro José Eduardo Cardozo (da AGU) lembrou que o pedido acatado pelo ministro foi emitido pela advogada Marilda de Paula Silveira, coordenadora do Instituto Brasiliense de Direito Público, fundado por Mendes.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a AGU também pede ao STF que anule a decisão de Moro que retirou o sigilo dos áudios interceptados pela Polícia Federal para a Operação Lava Jato. “Tomar a decisão de divulgar o conteúdo de conversas envolvendo a presidente da República coloca em risco a soberania nacional, em ofensa ao Estado democrático republicano”, sentenciou.
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