Desde a semana passada, quando a Polícia Federal bateu à porta do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e levou documentos e aparelhos eletrônicos na Operação Catilinárias, ordenada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o popular aplicativo de troca de mensagens escritas e de voz Whatsapp virou o pior inimigo de Cunha.
Mensagens trocadas entre ele e pessoas envolvidas na Operação Lava Jato complicam a vida do presidente da Câmara. Nesta segunda-feira (21), o jornal Folha de S.Paulo informa que Cunha recebia propina para favorecer empresas, como as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Conversas retiradas do telefone de Otávio Azevedo, executivo da Andrade Gutierrez, que estavam armazenadas no aplicativo, mostram negociações entre a Odebrecht e Cunha para alterar Medida Provisória de 2013 que favoreceria a construtora. Na mensagem, Azevedo questiona Cunha se era verdade que a Odebrecht havia “alinhado entre o relator e a Fazenda” duas alterações, nos artigos 83 e 74 da MP, que tratava de políticas tributárias.
Esta conversa aconteceu no dia 1º de 2014, um dia antes de a MP, cujo relator foi Cunha, ser votada e aprovada no Congresso. Ou seja, o atual presidente da Câmara teria agido como executor de ordens para favorecer a Odebrecht.
No sábado (19), notícias mostraram que mensagens trocadas pelo mesmo Whatsapp entre Cunha e José Adelmário Pinheiro, o Leo Pinheiro, dono da empreiteira OAS, sugeriam que o vice-presidente, Michel Temer, recebera R$ 5 milhões em propina da empreiteira.
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