Após repressão, São Paulo amanhece com novos protestos contra impeachment

Manifestação contra o governo interino de Michel Temer, na avenida Paulista - Foto: Paulo Pinto/ AGPT
Manifestação de ontem contra o governo interino de Michel Temer, na avenida Paulista – Foto: Paulo Pinto/ AGPT

Manifestantes contrários ao
impeachment da presidenta Dilma Rousseff fazem bloqueios em importantes vias da capital paulista, provocando longo congestionamento no início da manhã desta terça-feira (30). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), as manifestações provocam pelo menos 16,4 quilômetros de lentidão no trânsito.

Um grupo bloqueia totalmente a Marginal Tietê, na altura da Ponte Casa Verde, zona norte, sentido Rodovia Ayrton Senna. O congestionamento estimado é de 4 quilômetros na pista central e 6,8 quilômetros na pista local. Os manifestantes atearam fogo a uma grande quantidade de pneus. O Corpo de Bombeiros combate o incêndio com seis viaturas, que estão no local.

Outro ponto de bloqueio é na Marginal Pinheiros, altura da Ponte Transamérica, zona sul, sentido Rodovia Castello Branco. A lentidão no local é de 5,6 quilômetros. O terceiro local bloqueado pelos protestos é a Avenida Professor Francisco Morato, cruzamento com a Avenida Vital Brasil, zona oeste, em ambos os sentidos.

Um homem foi detido na Praça Campo de Bagatelle, nas proximidades da Marginal Tietê, onde pessoas que participavam do protesto atearam fogo em uma grande quantidade de pneus. A identidade do detido não foi divulgada. De acordo com a PM, o manifestante ajudava a descarregar pneus que foram usados para interditar o trânsito na Marginal Tietê – completamente bloqueada na altura da Ponte da Casa Verde, zona norte, sentido Rodovia Ayrton Senna. Ele foi levado para o 13º Distrito Policial, na Casa Verde.

Ontem (29), policiais utilizaram bombas de efeito moral, gás de pimenta e caminhões de água para dispersar os manifestantes que também protestavam contra o impeachment na Avenida Paulista. A manifestação seguia até o prédio da Fiesp, quando a Polícia Militar reprimiu o ato com bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes então atearam fogo e armaram barricadas na avenida, contra a ofensiva da polícia.

Houve também agressões aos ativistas por parte de homens que estavam acampados em frente à Fiesp – um deles portando uma barra de madeira, que ele esconde ao avistar a viatura da PM

*Com Agência Brasil


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