Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não decide se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assumir a chefia da Casa Civil, o ex-ocupante do cargo e atual chefe do Gabinete pessoal da presidenta Dilma Roussseff, Jaques Wagner, sugeriu a Lula que assuma o cargo de assessor especial da Presidência da República, um cargo sem foro privilegiado.
O aceno foi feito na última quarta-feira (23) em entrevista coletiva à imprensa estrangeira. Na conversa com jornalistas, ele denunciou o que chamou de “golpe” ao dizer que um processo de impeachment enfraquecerá a democracia e deslegitimará o novo governo.
Para Wagner, Lula precisa integrar o mais rápido possível a equipe para conversar livremente com parlamentares da base aliada e da oposição a fim de recuperar o apoio e evitar o impedimento, que deve ser votado pela Câmara dos Deputados nos próximos dias.
Mesmo que o ex-presidente não assuma o ministério, Wagner o quer no governo. “Se não desobstruir no Supremo a nomeação dele, pessoalmente sou favorável a convocá-lo como assessor especial da Presidência”, afirmou, segundo o jornal Folha de S.Paulo. “O importante é que ele tenha um grau de institucionalidade para estar em Brasília não como um cidadão, mas como parte de um projeto político e de governo, para conversar com parlamentares.”
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