Uma modalidade “nova” de votos poderá ser o fiel da balança pela rejeição do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff: os deputados ausentes de Brasília e os que se absterão na hora do voto.
Levantamento feito por parlamentares até às 15h de deste domingo (17) indicava que a turma que não vai ao Congresso – boa parte nem está em Brasília – já somava 12 deputados, com no mínimo 11 sendo de partidários ao impeachment, e que estão contabilizados como votos favoráveis nos levantamentos feitos pela mídia.
Quanto aos que pretendem se abster, fazendo um pronunciamento relâmpago contra Dilma e Michel Temer, o número já passaria de dez, com o anúncio feito pelo deputado gaúcho Pompeu de Matos, do PDT que, contrário à orientação do partido contra o impeachment, preferiu se abster, criticando os dois lados.
A possibilidade de mais de 20 deputados que seriam favoráveis ao impeachment não darem seus votos poderá alterar radicalmente os estimativas da média e dos oposicionistas. A serem corretos os dois levantamentos, o total favorável cairia para 330 – seriam necessários 342. Do lado do governo, os cálculos seguem mostrando em torno de 170 votos contra o impeachment, sem contar as dezenas dos “não-votos”. Essa instabilidade pode explicar o acirramento dos ânimos no Plenário, onde os parlamentares praticamente saíram no tapa no início da abertura da sessão de hoje.
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