Banco Interamericano premia instituto brasileiro que combate o machismo

Criado em 1997 no Brasil, o Promundo é uma organização não governamental que atua em nove países na promoção da equidade de gênero por meio de pesquisas, programas, capacitações e campanhas. De acordo com a diretora executiva do Promundo-Brasil, Tatiana Moura, o prêmio é um reconhecimento pelo trabalho já feito e também um incentivo para continuar promovendo a luta contra o machismo.

“Este trabalho que hoje está sendo reconhecido é resultado de quase duas décadas de atuação no trabalho. É uma honra e um prazer enorme o Promundo-Brasil ser uma das instituições vencedoras do Prêmio JK de 2015, tanto pelo reconhecimento da trajetória passada de promoção da equidade de gênero na região como pela aposta na ampliação do trabalho do Promundo no futuro”, disse Tatiana à Agência Brasil.

O trabalho do Promundo também tem sido reconhecido pela Organização das Nações Unidas e pela Organização Mundial de Saúde. O instituto é financiado por governos nacionais e locais, fundações, organismos internacionais, grandes organizações não governamentais e doações individuais.

 Uma das vertentes do instituto é trabalhar as “masculinidades não violentas”, com o questionamento das normas de gênero trabalhadas desde a infância e que podem legitimar posturas violentas associadas à masculinidade. O trabalho inclui oficinas educativas sobre gênero, saúde sexual e reprodutiva, prevenção de violência contra mulheres, paternidade e cuidado, além de campanhas de sensibilização, pesquisas e avaliação de impacto das ações.

Segundo o BID, o nome do prêmio é em homenagem ao “destacado ex-presidente brasileiro [1956-61] que impulsionou a fundação do BID, o primeiro banco de desenvolvimento regional do mundo”.

Nesta edição, o prêmio de US$100 mil na categoria Social, Cultural e Científica foi dividido entre o Instituto Promundo e o Fundo Equatoriano Populorum Progresio, que impulsiona o desenvolvimento de organizações campesinas e de populações urbanas marginalizadas com apoio às microfinanças comunitárias. Na categoria Economia e Finanças o vencedor foi o Fonkoze, do Haiti, que promove a inclusão financeira e presta serviços de educação, saúde e desenvolvimento empresarial.

* Com Agência Brasil


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