O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), provável candidato a presidência nas eleições de 2018, recebeu o jornal Folha de S.Paulo em seu gabinete da Câmara. Durante a entrevista, que foi filmada por um de seu assessores para que não houvesse “deturpações”, Bolsonaro disse que nem a imprensa, nem o Supremo vão falar o que é o limite para ele. “ Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei”. Bolsonaro se tornou réu do STF por incitação ao crime de estupro, após dizer a Maria do Rosário (PT), ex ministra de Direito Humanos, que “não a estupraria pois ela não merecia”.
Questionado sobre a política do armamento, o deputado defendeu o uso da arma de fogo como defesa pessoal e usou a manifestação que fizeram na porta de sua casa como exemplo. “Foram fazer um escracho na minha casa e ameaçaram entrar. Eu falei: Se entrarem, não sairão. Agora o ministério Público quer saber o que é ‘não sairão’. É atirar neles…Tenho três armas e muito cartucho. Ia embalar e dar balinha para chupar”.
Bolsonaro também defendeu “métodos energéticos” para obter informações. “Qual é o limite entre bater e tratar com energia? Não tem limite, pô. O cara senta ali, faz a pergunta , ele responde. Se não responde, bota na solitária…Dá comidinha pra ele. Dá um negocinho para ele tomar lá, um pãozinho, uma água gelada, um brochante na Coca-Cola, tá tranquilo”.
Sobre o governo de Michel Temer, Bolsonaro disse que o “governo está fazendo de tudo para se manter vivo, só isso”. Ele se declarou contra a reforma da Previdência e disse que se caso eleito vai colocar muito militar no Congresso em 2018. “Eu não vou pregar fechar o Congresso nunca. Mas vocês tem que ajudar a mudar isso ai.”
Ele também lembrou de Fernando Henrique Cardoso e disse que ele está para ganhar o “título de princesa Isabel da maconha, pois ele quer liberar as drogas no Brasil”.
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