Um dos participantes do Ato Pela Liberdade Democrática no teatro Tuca, da PUC-SP, na noite de quarta-feira (16), Bruno Ramos, da Liga do Funk, falou sobre o papel da periferia em meio ao golpe de Estado em curso.
Ele começou seu discurso lembrando que a sociedade prefere que a periferia não se manifeste. “Salve geral! É difícil falar aqui porque sempre fui orientado a não saber falar. Mas essa é a hora e vamos dar um papo reto: não vai ter golpe.”
De acordo com Ramos, “o funk é atualidade porque ele é um reflexo das políticas do governo Lula e Dilma”. Ele se referia à “ascensão da quebrada, que passou a ter melhoria de vida”.
“Se hoje, da porta da minha casa para dentro tem móvel e eletrodomésticos é porque teve os governos do Lula e da Dilma. Nosso mundo é do amor, da generosidade, do trabalho voluntário. Vamos usar esse capital a nosso favor.”
Participante do encontro, a psicanalista Maria Rita Kehl lembrou que por trás da crise há um velho problema brasileiro. “Como sempre é a luta de classes, num momento onde quem perde com a crise econômica não são os empresários, que tem perdas menores, mas sim o povo, que perde seus trabalhos, suas casas e seus meios de subsistência.”
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