Celular de Lula é confundido com o de professora, que recebe ameaça de morte

A intolerância em ascensão no Brasil - Foto: Agência Brasil
A intolerância em ascensão no Brasil – Foto: Agência Brasil

Por um descuido de um telejornal, uma professora de português, de 29 anos, vem sendo ameaçada de agressão e até de morte. Caroline Borges teve seu telefone confundido com o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e agora precisa explicar que não é o petista.

A TV errou ao não esconder o número de telefone usado pelo ex-presidente nos grampos telefônicos ilegalmente vazados pelo juiz Sergio Moro, da Lava Jato. Acontece que alguns telespectadores trocaram o último número, um 4, por um 9.

“Não sou o Lula, você anotou o número errado”, respondeu ela a uma das 60 mensagens que ela recebeu só no dia 16 de março Uma delas era de arrepiar: “Nóis mata você na porrada, tio”.

As pessoas continuaram a mandar mensagem mesmo após sua resposta. “Querem xingar alguém, não importa quem”, afirmou ela em entrevista à Folha de S.Paulo. No WhatsApp, ela vem sendo adicionada a grupos para mais insultos. “As pessoas se impõem. Não querem linchar sozinhas, querem linchar em grupo.”

À Brasileiros, o Instituto Lula confirma que o telefone pertence a um segurança ligado à presidência que faz a segurança de Lula, como prevê a lei. Questionado se o celular correto também recebeu ameaças, o Instituto não respondeu até o fechamento do texto.

Kfouri

Na semana passada, o desabafo foi do jornalista Juca Kfouri, cuja residência vem sendo rodeada por homens mascarados vestindo camisa da CBF. 

Segundo seu blog, “quatro arruaceiros, num Honda Civic cinza, placas FES 5544” pararam na esquina se sua rua por volta da meia-noite, um deles de máscara e camisa da CBF. “Fizeram uma algazarra de acordar a vizinhança. Com buzinas nas mãos, xingavam: ‘Juca Kfouri, maldito, fdp, petista!’”. Não foi a primeira vez. Na segunda-feira retrasada (21) um grupo já tinha feito o mesmo. Dois carros, oito conservadores.

 

 

 

 


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